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  • Foto do escritorNáthalie Siqueira

Design Thinking

Atualizado: 17 de jun. de 2019

Você já deve ter ouvido falar sobre essa abordagem que vem ajudando empresas e empreendedores a inovarem em suas áreas.

Mas, afinal de contas, o que é Design Thinking?


A existência de uma empresa ou projeto é a satisfação de seus clientes. Então buscamos conhecer suas necessidades, desejos e percepções para alcançar um produto ou serviço que se encaixe da melhor maneira para satisfazê-los.

O Design Thinking é uma abordagem coletiva e colaborativa, baseada em empatia, colaboração e experimentação. É uma forma de entender a fundo o que seus clientes precisam antes, e em cima disso inovar trazendo novas maneiras de resolver problemas presentes na vida deles.

É uma abordagem normalmente trabalhada de maneira interdisciplinar e colaborativa, ou seja, mais de uma pessoa trazendo referências e conhecimentos para que a solução seja realmente inovadora.

E experimentativa, porque serão testes e mais testes até chegar a um produto final coerente e funcional.


Como ter empatia pelos seus clientes?


A primeira fase do Design Thinking é gerar empatia com o seu cliente. Para isso, é necessário que realize pesquisas em campo, conversando diretamente com o seu cliente em seu próprio ambiente, onde ele se sentirá mais confortável para te passar as suas reais necessidades. Essas pesquisas são tanto quantitativas, ou seja, com o maior número de pessoas e respostas diretas, quanto qualitativas, com um número reduzido de pessoas respondendo perguntas mais complexas e direcionadas.

Essa fase é extremamente importante para o desenvolvimento de um produto ou serviço. Basicamente, ele surgirá da interpretação dessas pesquisas. Assim você se desprende das suas próprias percepções de mundo, e se coloca de verdade no lugar do outro. O importante nessa fase é encontrar a principal “dor” dos clientes.

Ideação


Com um grupo de interessados no seu projeto, preferencialmente de especialidades diferentes, você irá interpretar as pesquisas e gerar ideias. E nessa fase, serão muitas ideias. Muitas mesmo. Quanto mais melhor. Sem julgamentos e preconceitos, ou seja, nessa fase toda ideia é válida. Escreva todas elas em algum lugar. Sabe aquelas paredes cheias de post-it? É exatamente o que você deve buscar. Post-its são ótimos para isso porque são maleáveis e fáceis de alterar e agrupar com outros post-its. Torna essa fase mais interessante brincar com eles, de preferência com cores diferentes.

Secaram todas as ideias? Agora é o momento de decidir quais delas são as melhores baseadas nos resultados da pesquisa. Quais delas podem realmente ser executadas? Quais resolvem melhor o problema identificado? Agrupá-las também pode ajudar bastante. Podemos usar 3 grandes grupos para separá-las: Complexidade; Investimento; e Eficiência. O importante é no final você ter entre 3 e 5 ideias que todos realmente acreditam que resolva o problema.

Ah, lembre-se de nunca jogar fora o que foi produzido. Essas ideias descartadas podem ajudar muito no futuro.

Experimentação


Aqui é o momento de “colocar a mão na massa”. Serão testes e mais teste em cima da sua ideia para provar que ela será viável e funcional. Para isso, pense primeiro quais podem ser os seus mínimos produtos viáveis, ou MVPs. Se a sua ideia é um aplicativo, por exemplo, que exige um alto investimento para produzir, como você pode testar esse produto antes? Uma página ou grupo nas mídias sociais? Um pequeno grupo de pessoas fazendo o que o aplicativo poderia fazer? Testes com protótipos simples das telas do aplicativo?

Então coloque esses MVPs em prática. Nada de perfeccionismo nessa parte. Trate os erros e acertos como aprendizagem, e tire insights deles. Repense constantemente a sua ideia. Continuando o exemplo do aplicativo: é realmente necessário que seja um aplicativo? As pessoas estarão realmente dispostas à fazer download desse aplicativo e depois mantê-lo em seu smartphone?

E depois de tudo isso?


Depois de tudo isso você irá implementar a sua ideia. Lembre-se que o processo nunca termina. Mesmo com o produto ou serviço lançado e funcionando, é importante que você mantenha uma constante análise sobre ele. Sempre há algo a ser melhorado. Talvez um botão que as pessoas não estejam entendendo, ou uma cor que não esteja sendo agradável para o seu público. Por isso que o processo de design thinking não é extritamente linear, em cada fase você precisará voltar para as fases anteriores para melhorar a sua compreensão sobre a sua ideia. Tudo, exatamente tudo, deve ser visto como aprendizagem.

Ah, mas o Design Thinking é só para ideias digitais?

Não! Um ótimo exemplo de como o Design Thinking pode ser aplicado em outras situações é o problema da desnutrição no Vietnam. A taxa de subnutridos era de 65% antes da aplicação da abordagem. No primeiro passo: imersão e empatia. Descobriram que as famílias muito pobres que conseguiam manter um bom nível nutricional adicionavam pequenos camarões e caramujos presentes nos arrozais em suas refeições, além de fazer pequenas refeições ao longo do dia ao invés de duas grandes refeições diárias. Ou seja, o necessário já estava lá, precisavam apenas ensinar as famílias como se alimentar melhor com o que tinham em mãos, sem aumentar seus gastos. Na ideação, desenvolveram aulas de culinária para famílias desnutridas ensinando essas técnicas. A prototipação foi levar essas aulas para aldeias vizinhas e ver os resultados, que foram extremamente positivos, diminuindo a taxa de desnutrição em 45%.

Fonte: Endeavor | Echos | Sebrae

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