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  • Foto do escritorNáthalie Siqueira

Métodos ágeis: Kanban

Atualizado: 17 de jun. de 2019

No dia a dia de vocês, quantos já se depararam com projetos intermináveis? Prazos irreais que continuam se estendendo? Ou até aquele projeto que está indo super bem, mas na entrega não alcança a expectativa do cliente?

Gerenciar não é uma tarefa fácil. Garantir que todos os passos estão sendo seguidos, definir quais são as etapas mais importantes, comunicar-se claramente com todos membros da equipe, etc.


Baseado em protótipos, testes e pequenas entregas, os métodos ágeis estão ganhando cada vez mais força nas empresas. Lembrou um pouco o que discutimos no post do Design Thinking? Isso é porque são linhas que se conversam de maneira muito profunda, principalmente quando falamos de empatia pelo usuário ou consumidor. Ou seja, os métodos ágeis podem ser ótimos facilitadores da abordagem trabalhada pelo Design Thinking.


Existem diversas metodologias ágeis que podem ser trabalhadas. Hoje explicaremos um pouquinho mais sobre a Kanban, criada em 1960 pela Toyota para sinalizar as etapas do processo de fabricação e prever gargalos, como a falta de uma peça no estoque, por exemplo.

O Kanban busca a evolução, não a revolução. Seu propósito é fazer o seu projeto caminhar. Isso significa que com ele o seu foco não será inovar e repensar seu projeto, e sim formular um planejamento que faça tudo funcionar como deve de maneira rápida e colaborativa. Mas como colocar o Kanban em prática?

Primeiro: Visualizar o fluxo de trabalho


Imagem: Dionatan Moura

Tornar o processo visual aumenta sua compreensão. Neste passo, o ideal é trabalhar um grande quadro onde todas as tarefas possam ser visualizadas de maneira simplificada. Dentre deste quadro, devemos trabalhar pelo menos 3 subdivisões: a fazer, fazendo e feito.

A ideia é a equipe ter total conhecimento das tarefas sendo cumpridas por todos e seu estágio de desenvolvimento.

Por que fazer isso em um espaço físico e não utilizando um software de gerenciamento? Freud explica. O ato de movimentar as tarefas e visualizar fisicamente o quadro traz maior satisfação e sensação de progresso.

Segundo: Limitar a quantidade de trabalho em andamento


Equipe sobrecarregada afeta a produtividade, e quando falamos de métodos ágeis, isso é exatamente o oposto do que queremos. E o quadro físico pode intensificar essa sensação se qualquer uma das subdivisões estiver sobrecarregada. Sua equipe poderá ficar desestimulada, sentindo que o projeto não está se desenvolvendo como deveria.

Por isso deve-se limitar a quantidade de tarefas incluídas em cada subdivisão. Não existe um número definido. Neste caso, você deverá analisar o tamanho da sua equipe e a quantidade total de tarefas que possui para decidir quantas podem ser incluídas por vez nas subdivisões.

Terceiro: Gerenciar e medir o fluxo

Este não é necessariamente um passo a ser cumprido, mas algo a ser trabalhado continuamente dentro do seu projeto. Analisar dados é algo essencial em tudo o que trabalhamos, e neste caso não é diferente. Veja como sua equipe está lidando com cada uma de suas tarefas, analise seus resultados e falhas, e trabalhe em cima destes dados para melhorar sempre com mudanças baseadas em fatos concretos.

Quarto: Tornar as políticas do processo explícitas


Imagem: Target Teal

O quadro do Kanban não é algo imutável, e com o caminhar do projeto novos caminhos a serem seguidos podem surgir, sendo incluídos como subdivisões. Deixe sua equipe sempre ciente de todas essas decisões, e de preferência participando e interagindo com elas. Quanto mais explicito estiver todos os processos do seu projeto, melhor será seu andamento.

Quinto: Implementar loops de feedback


Tenha em mente que esses feedbacks não serão sobre a sua equipe com análises de performance individuais, mas sim sobre o desenvolvimento do seu projeto. Já falamos sobre “melhoria contínua”, e esses feedbacks são essenciais para que ela seja colocada em prática. Você e a sua equipe estão imersos no universo do seu projeto, podendo trazer insights fundamentais para que tudo esteja mais alinhado com a visão do seu usuário ou consumidor. Empatia, lembram?

Esses loops podem acontecer ao final de cada entrega, por exemplo. Você e sua equipe sentariam para discutir como foi o processo dessa tarefa, o que pode ser melhorado ou feito de maneira diferente. Isso tornará o seu projeto mais dinâmico e seus resultados mais assertivos.

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