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  • Foto do escritorNáthalie Siqueira

Métodos ágeis: Scrum

Atualizado: 17 de jun. de 2019

Semana passada falamos sobre o Kanban, e hoje continuamos nossa conversa sobre metodologias ágeis conversando um pouco sobre o Scrum.

Como a maioria das metodologias ágeis, o Scrum veio para ser aplicado à gestão de projetos de software, mas a sua inspiração veio de um lugar completamente diferente. Jeff Sutherland, o idealizador da metodologia, começou a implementar este tipo de metodologia em West Point quando foi encarregado de organizar a Parada Militar dos cadetes da escola.

Depois dessa experiência, Sutherland tornou-se piloto de aviões, outra grande base para o desenvolvimento do Scrum. De acordo com ele, gerenciar um projeto é como pousar um avião. Não existe fórmula certa para isso, pois cada caso será diferente, e o piloto precisa fazer ajustes a todo segundo para pousar o avião em segurança.

E o Scrum segue essa perspectiva. São diversos ciclos de atividades com reuniões frequentes para que a equipe possa trocar suas atividades e repensar o processo com agilidade e eficiência. Isso deixa o planejamento pouco engessado, e dá liberdade para a equipe trabalhar.

Então vamos entender um pouco sobre o Scrum:

Papéis Fundamentais

O líder do projeto é chamado de Product Owner, ou seja, o dono do produto. Ele será responsável por definir quais os objetivos ou funcionalidades do Sprint e qual a ordem de importância deles. Ele deverá manter a visão da equipe sobre o projeto clara, e para isso deve colaborar de perto com o Scrum Master e a equipe de desenvolvimento, e estar sempre disponível para responder perguntas rapidamente.

O Scrum Master é responsável por ajudar o time a abraçar os valores, princípios e práticas do Scrum. Deve agir como um coach, um facilitador que ajuda a equipe a resolver problemas e melhorar o uso do Scrum, e também como um escudo que protege todos de interferências externas e impedimentos à produtividade. Ele não tem autoridade para controlar a equipe, ou seja, é um líder, não um gerente.

O Time de Desenvolvimento é uma equipe multidisciplinar, normalmente formada entre 5 e 9 pessoas, responsáveis pela concepção, construção e testes dentro do projeto. Essa equipe deve se auto-organizar para definir como atingir a meta estabelecida pelo Product Owner para o Sprint. Seus membros devem ter todas as habilidades necessárias para produzir com qualidade tudo o que foi pedido.

Atividades e Artefatos Principais

O Product Owner tem a visão do que será criado, chamado de “Grande Cubo”, que deve ser dividido em diversas partes menores listadas por prioridade usando fatores como valor, custo, conhecimento e risco, chamada de Product Backlog. No topo do backlog deverão estar os objetivos de maior prioridade, por onde a equipe deve começar o trabalho. Este documento evolui constantemente, conforme novas informações vão chegando ao projeto.

Então começam os Sprints, ciclos de 2 até 4 semanas com objetivos definidos para serem alcançados com resultados tangíveis ao final. Durante o Sprint não deve haver mudança de escopo ou pessoal (mas a gente sabe que essa regra nem sempre é cumprida à risca). Antes de cada Sprint começar, a equipe deve realizar um Planejamento de Sprint, definindo quais subconjuntos do Product Backlog serão realizados neste tempo. Tudo deve ser feito de maneira rápida, ou seja, um planejamento não deve durar mais que duas horas para ser produzido.

Todo dia serão realizados os Daily Scrums, preferencialmente no mesmo horário, e é recomendado que essas reuniões sejam feitas de pé para que não durem muito tempo. Uma abordagem comum dessas reuniões é o Scrum Master perguntar para a equipe:

- O que fiz ontem que ajudou o time a atingir a meta do sprint?

- O que vou fazer hoje para ajudar o time a atingir a meta do sprint?

- Existe algum impedimento que não permita a mim ou ao time atingir a meta do sprint?

Depois temo o Sprint Review, uma reunião informal com o objetivo de verificar e adaptar o produto ou projeto, e a Sprint Retrospective, para avaliar possíveis adaptações no processo de trabalho.

Importante lembrar

Ter equipes enxutas que não possuem títulos de função. Todos são chamados de “membros da equipe tal”. Estudos mostram que títulos de função podem limitar o entendimento dos membros do seu papel dentro da equipe.

Mostrar o trabalho de forma visual, como no Kanban, ajuda no fluxo de trabalho e compreensão de equipe do que está sendo feito. Crie um painel onde todos possam ver com todas as atividades que estão sendo feitas e seu status de progresso.


Saber priorizar tarefas e objetivos é fundamental. Quando muitas coisas são prioridade, nada é realmente uma prioridade.


Heroísmo não é um bom sinal e não deve ser encorajado. Portanto, nada de virar noite trabalhando e correr para que a entrega seja feita a tempo. Se isso está sendo necessário, então é preciso rever como o time está trabalhando e quantas tarefas estão atribuídas em cada Sprint. Times sobrecarregados falharão em algum momento.


E depois de tudo isso, fica o questionamento: como eu posso incluir o Scrum na minha empresa?


Vamos lembrar que o Scrum é um método de gerenciamento de projetos, e não empresarial. Ele deve ter um começo, meio e fim definido e tangível. Você pode se inspirar na metodologia para agilizar os processos da sua empresa, mas para aplica-la realmente é necessário ter um projeto especifico onde sua equipe ficará focada em concluir.



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